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Assistimos ao primeiro episódio de O Hipnotizador

REDAÇÃO KOAPUN
quarta-feira, 19 de agosto de 2015 | agosto 19, 2015 WIB Last Updated 2023-07-28T22:48:47Z







Narrando a história de Arenas (Leonardo Sbaraglia), um hipnotizador enigmático que usa o seu talento para ajudar pessoas, O Hipnotizador é uma série de suspense repleta de mistérios que trabalha muito bem a questão de dualidades e fronteiras.


A primeira delas, mais óbvia, é a cidade em que se passa. Apesar de
não ser nomeada ou definida como pertencendo a algum país específico,
ela tem características comuns a vários lugares da América do Sul e da
Europa.



O idioma falado ali é uma mistura de tudo. Metade dos habitantes se
comunica em espanhol, e a outra parte em português, indicando mais ainda
que o local seria uma fronteira entre dois (ou mais) países.



A decisão de usar atores falando várias línguas diferentes é uma
escolha ousada que pode ser um pouco estranha no começo do episódio, mas
que é fácil de esquecer à medida que você se acostuma com os
personagens e a história de cada um deles.



A caracterização da época também não é algo bem marcado. Entende-se
que a história se passa entre as décadas de 20 e 40, mas por nunca
mostrar uma data exata, a série cria certo misticismo em torno disso
também.



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Outra fronteira é a dualidade dos personagens. O protagonista, por
exemplo, é um hipnotizador que adormece as pessoas para resgatar as
memórias escondidas no fundo da consciência, mas que é incapaz de dormir
ou de se lembrar do próprio passado. Por conta disso, ele é um mistério
até para ele mesmo.



Para o espectador, não fica muito claro se Arenas é realmente uma
pessoa que sempre ajudou os outros através do seu dom ou se é alguém
horrível que simplesmente esqueceu as crueldades que fez no passado e
por isso foi amaldiçoado por seu antagonista, Darek (Chico Diaz), à
insônia eterna.



A curiosidade que Arenas instiga é justamente o que o torna tão
sedutor e potencialmente perigoso, especialmente para os outros
personagens da série que tentam se aproximar e descobrir mais sobre
aquela figura.



A própria profissão do hipnotizador é algo que, mesmo nessa época
indefinida, é encarada como algo que não é exatamente ciência, nem magia
e cai em um meio termo estranho que muitas vezes é interpretado como
charlatanismo, especialmente por ser feito em um teatro, diante de uma
plateia.



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Em contraponto a Arenas, personagens doces como a Anita (Bianca
Comparato), a camareira do hotel, se destacam. A preocupação genuína com
o dono do estabelecimento, Salinero (Cesar Troncoso), a troca de
olhares típica de namorinho de portão, e a delicadeza com que ela faz
todas as tarefas tornam a personagem extremamente cativante. É
extremamente difícil não se apaixonar por ela.



O clima de mistério e de que todos têm algo a esconder, seja dos
outros ou de si mesmos, é capturado perfeitamente através da fotografia.
Sombras bem marcadas, penumbras. Tudo é feito de modo que se esconda
alguma coisa.



Em O Hipnotizador, todos os elementos mostrados são
extremamente próximos da realidades, mas sempre têm a eles adicionados
detalhes que criam desconfortos intrigantes e que tornam a série única.
Ela não tem uma cidade exata ou uma época específica. Ela poderia
acontecer em vários lugares, ao mesmo tempo que também não pertence a
lugar algum.



Por essa estranheza e surrealidade, a série consegue sucesso em
hipnotizar o espectador e intrigar o suficiente para instigar a assistir
mais episódios. Só espero que não tenha sido tudo um sonho.



026124O Hipnotizador é uma nova série original da HBO que estreia em 23 de agosto às 21h.

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